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Restauração dos relacionamentos consigo mesmo - parte 2
ASSOCIAÇÃO JESSE DE ARAÇATUBA
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RESTAURAÇÃO DOS RELACIONAMENTOS
 
II) Reconciliando-se consigo mesmo  ( parte 2 )
                 
              
                ¨Sem dúvida, operamos também nós, mas o fazemos cooperando com Deus que opera predispondo-nos com a Sua misericórdia. E o faz  para nos curar e nos acompanhará para que uma vez santos, nos revigoremos; predispõe-nos para que sejamos chamados e acompanha-nos para que sejamos glorificados; predispõe-nos para que vivamos segundo a piedade e segue-nos para que com Ele vivamos para todo o sempre, POIS SEM ELE NADA PODEMOS FAZER. ¨
                                                                                  Santo Agostinho
                 Já aprendemos que  é desejo de Deus nos curar e restaurar. Se nos opomos a esta cura, estamos nos opondo à vontade de Deus.  Como diz S. Agostinho , o Senhor nos predispõe e acompanha, porque quer que estejamos com Ele por toda eternidade. Ele não medirá esforços no sentido de nos conduzir para uma libertação plena. A partir do momento que nos entregamos a Ele, nosso destino está em Suas mãos  bondosas  e  poderosas    (Sl 15, 5-6), não precisamos temer e nem duvidar que Sua vontade é perfeita e que dEle só pode vir o bem( Tg 1,17) 
                 O documento Gaudium et spes (GS 22, §1.), nos ensina que ¨dotada de alma espiritual (espírito), inteligência e vontade ( alma ), a pessoa humana desde sua concepção, é ordenada para Deus e destinada à bem-aventurança eterna. Busca sua perfeição na procura da verdade e do bem.¨  Podemos , pois, concluir que todos nós somos chamados à vida eterna, e que embora as circunstâncias da vida muitas vezes nos levem para o lado contrário, se assim o desejarmos de coração, o Senhor nos conduzirá para a libertação ( Jo 8,36 ). Nada pode detê-L0, pois move céus e terras por nós (Is 43,4 ; 44,23).
                 Vamos abrir o nosso coração, e buscar que ¨Aquele que opera em nós o querer e o efetuar¨ (Fp 2,13), possa nos dar o sincero desejo  de realmente soltar estas cadeias e laços que nos foram prendendo ao longo das nossas experiências de vida. Muitas vezes nos acostumamos tanto a viver presos que não podemos imaginar outra maneira de viver, e aí resistimos a ser curados. Algumas pessoas usam dos seus problemas para chamar atenção, ou como uma maneira de receber afeto e não aceitam mudanças. Jesus quando ia curar algumas pessoas, lhes perguntava primeiro se realmente elas queriam aquilo (Mc 10, 46-52). É preciso que desejemos profundamente ser curados, não importando a maneira como o Senhor fará isto. Muitas pessoas resistem a serem tratadas por  Deus, com medo  do que Ele fará para transformá-las. Temem que tenham que passar por sofrimentos, ou que Deus lhes tire algo de que gostem muito, ou alguém que lhes seja querido. Isto é falta de conhecimento do amor de Deus, que é perfeito, e que é impossível que Ele nos faça qualquer coisa que nos prejudique. Neste caso é preciso renunciar a este medo, e fazer uma oração sincera de entrega.
                 Vejamos alguns sinais de que estamos com problemas na auto-imagem, e com dificuldades para amarmos a nós mesmos :
-          auto-condenação (juízo muito rigoroso consigo mesmo, sentimento de que não merece ser feliz)
-          procrastinação (deixar tudo para depois e não fazer)
-          ciúme (exagerado e que traz sofrimento nos seus relacionamentos)
-          descuido com a aparência (peso exagerado, falta de asseio, desleixo consigo)
-          importância exagerada à aparência (tipo ¨perua¨, preocupação excessiva com o corpo, necessidade  de estar sempre na moda,  não aceitação de partes do corpo)
-          auto-piedade (gostar e se colocar sempre no papel de vítima, sempre está reclamando que ninguém lhe dá atenção ou ajuda)
-          mentira  (como hábito, por medo de que se falar a verdade deixem de amá-lo)
-     melindre  (ferir-se com facilidade, tomando pequenos fatos  como ofensas pessoais)
-          auto-punição  (colocar-se sempre em situações complicadas e que trazem sofrimento como punição inconsciente, ou quando está feliz um sentimento de que algo muito ruim vai acontecer para estragar sua felicidade)
-          necessidade de estar em evidência (Ter que estar sempre ¨por cima¨, ou em posição de comando e chefia, com outros em submissão ou posição inferior)
-          agressividade  (reações explosivas, com  agressões verbais e/ou físicas)  
-          indecisão (medo de cometer erros e perder a estima, ou de assumir responsabilidades, prefere não ¨investir¨ para não perder)
-          egocentrismo (eu...eu...eu..., é o centro de todo interesse, como dá muita atenção a si mesmo, não consegue perceber as necessidades das pessoas ao seu redor)
-          depreciador  (derrotista, prefere diminuir os outros para poder crescer, falar mal dos outros como meio de não sentir-se tão mal diante das próprias ações, assim é mais fácil conviver com o próprio desgosto)
-          frágil (chora facilmente, é capaz de depressões instantâneas, é hiper –sensível)
-          ranzinza (não tolera frustrações, tem uma lista de  ¨incômodos de estimação)
 
                 Estes são alguns sinais de que existe algum problema conosco, mas não é tudo, o ideal é que a partir destes, possamos buscar do Espírito Santo, a revelação do que realmente existe em nós que precisa ser mudado. O primeiro passo é não identificar o problema dos outros, mas os nossos. É preciso colocar-se diante do Senhor com um coração quebrantado (Sl 50,17), e disposto a conhecer a verdade sobre nós (1 Jo 2, 20 .27). Identificados os problemas, vamos buscar a raiz deles e por fim a cura que vem do Senhor.
                 O importante neste primeiro momento é entendermos que nós temos dificuldades, e não o marido, o filho, a sogra, o companheiro de grupo. É muito fácil percebermos os erros do próximo, e desejarmos que ele mude, mas neste momento o Senhor preparou para que cada um reconheça suas dificuldades, reconcilie-se consigo mesmo, e fique liberto, pois só assim poderá ajudar os outros a se transformarem.
                
 Vamos orar assim:                     
 
Senhor querido, me entrego a Ti  de todo o meu coração. Quero  ser teu por inteiro, sem reservas, do jeito que Tu quiseres que eu seja. Renuncio a todo medo que tenho de me entregar  a Ti, a todo receio que possa existir no meu íntimo, ou até no meu inconsciente, de que se me entregar a Ti posso sofrer. Dou-Te  total liberdade para fazeres de mim o que quiseres, ainda que eu não entenda o que vais fazer. Tu és meu Pai bondoso, e creio e confesso que a Tua vontade para minha vida é perfeita e coincide exatamente com a minha felicidade. Abandono-me em Tuas mãos e sei que estou seguro. Agora venho humildemente Te pedir, que realizes em mim toda a cura de que necessito. Sei que há em mim muitas coisas que precisam ser mudadas, como..... ( dizer o quê ), e também muitas coisas que precisam ser mudadas , mas que eu não sei. Muda tudo o que quiseres, tão somente faze com que eu seja livre de tudo o que me impede de Te servir e dar os frutos que  o Senhor  quer que eu dê. Estou em Tuas mãos, por meio de Jesus Cristo, meu Senhor, e já  Te agradeço pelo que  farás.
                                                                     Amém.
                O Senhor Jesus Cristo, médico de nossas almas e de nossos corpos, Ele que remiu os pecados do paralítico e restituiu-lhe a saúde do corpo, quis que Sua igreja continuasse , na força do Espírito Santo, Sua obra de cura e salvação, também junto de  seus próprios membros.
                                  Novo Catecismo , pg. 339, it. 1421