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Restauração dos relacionamentos com os outros - parte 2
                     ASSOCIAÇÃO JESSE DE ARAÇATUBA
“JESUS É O SENHOR”
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RESTAURAÇÃO DOS RELACIONAMENTOS
 
 
RESTAURANDO O RELACIONAMENTO COM OS OUTROS-     (parte 2) -  Março de 99
 
 
Ao comunicar seu Espírito, Jesus fez de seus irmãos, chamados de todos os povos, misticamente os componentes de seu próprio Corpo. Neste corpo, a vida de Cristo se difunde através dos crentes, que os sacramentos de uma forma misteriosa e real, unem a Cristo sofredor e glorificado.” LG 7
 
                        Aprendemos no estudo passado que a base da reconciliação com os irmãos não está centrada no nosso perdão, mas na obra redentora de Jesus. Foi Ele que através da cruz, do sangue e da paz, estabeleceu as bases da reconciliação (Ef.2,15-17)
                           Muitos fracassaram por tentar perdoar e amar através de esforço pessoal, mas isso não é possível, ou quando é, demanda muito tempo e energia. Cristo conhece a dureza do nosso coração e sabe o quanto é difícil perdoarmos. Muitos dizem: ”Perdoar eu perdôo, mas esquecer jamais!” Vocês já imaginaram se Jesus nos perdoasse desta forma? Quando nós estivéssemos louvando, Ele dissesse: “Anjo, vá até lá e cale a boca daquele sujeito, porque não consigo esquecer o que ele fez!”. Já pensaram? Seria uma loucura! E no entanto é isso que fazemos com os irmãos...”perdoamos”, mas não esquecemos. Às vezes dizemos: “Eu não tenho raiva desta pessoa, mas não quero mais me relacionar com ela”! Já pensaram se no dia do juízo Jesus dissesse: “Anjo, leve esta ovelha para outro lugar, ela não vai poder participar do novo céu e nova terra, está perdoada mas não quero ver a sua cara!”  Seria terrível, não é? Não queremos que Jesus faça isto conosco, mas fazemos exatamente isto com Jesus. Você vai dizer: “ Mas eu nunca fiz isso com Jesus!” Porém se você faz isso com um membro do corpo de Cristo, você faz isto para o próprio Cristo. Se você der um tiro no braço da Maria, estará machucando a própria Maria. É muito sério não discernir o Corpo de Cristo ( 1 Co 11,29 ). Quando não discernimos que os irmãos são o  Corpo de Cristo, e desta forma têm a vida do próprio Cristo, e em conseqüência  ferimos, maltratamos, ou  não nos relacionamos com qualquer deles, estamos fazendo estas coisas para o próprio Jesus.
                           Quando comungamos o Corpo e o Sangue de Cristo sem esse discernimento, sem a fé de que o pão é a carne e que todos que partilham este pão são membros de um mesmo corpo, comemos e bebemos para nossa condenação. Paulo no aconselha a examinarmos a nós mesmos, a nos julgarmos antes de  comermos deste pão ( 1 Cor 11,28 ). Será que realmente cremos que somos membros uns dos outros? Se cremos, agimos como tal? Se tivermos realmente este discernimento, não guardaremos raiva ou rancor de ninguém. Jesus nos ensina que antes  de nos aproximarmos do altar devemos verificar se não temos nada contra outrem (Mt 5, 23-26). Não podemos perder tempo, pois a condenação não tarda. Muitos estão fracos e doentes por causa disto. Muitos morreram por causa disto ( 1 Cor 11,30 ) .
                           O Senhor nos disciplina desta forma, na Sua imensa misericórdia, para não sermos condenados com o mundo ( 1 Cor 11,32 ).
                        Veja, O Senhor nos deu todo o suprimento necessário para a reconciliação. Não temos que fazer nada, apenas tomar posse daquilo  que já foi realizado; como poderemos nos desculpar diante do Senhor? Não é uma ofensa terrível desprezar toda Sua obra de salvação e nos recusarmos a nos reconciliarmos? Já vimos o que Jesus ensinou na parábola do devedor implacável (Mt 18, 23-34), e como escaparemos nós se não atentarmos para tão grande salvação ( Hb 2, 1-3 )?
                        Meus irmãos, se o Senhor não permitiu que satanás humilhasse e escravizasse os seus filhos, mas ao preço da morte de Jesus, destruiu o diabo ( Hb 2,14 ) que  dor imensa  não sente ao ver Seus filhos machucando-se uns aos outros?  Se perguntarmos quem tem coragem de ferir, caluniar, xingar ou ofender a Jesus, certamente todos responderão que não, mas é preciso discernir que ao fazer isto ao menor dentre os filhos, é a Ele que fazem. Será que não tememos a Deus? Será que não temos consciência que  horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo ( Hb 10,28-31 )? É preciso que tenhamos temor do Senhor e nos arrependamos dos nossos pecados.
                         Temos que sair da posição de vítimas para podermos praticar a reconciliação, compreender que é contra Jesus que pecamos quando não queremos nos reconciliar. Não conseguimos perdoar porque achamos que fomos injustiçados, feridos, ou seja, as vítimas. È preciso entender que não é assim que o Senhor nos vê. Quando não queremos não só perdoar, mas partir para um novo relacionamento, passamos a ser réus, passíveis de condenação. Isto porque  esta atitude revela que já  julgamos e condenamos quem nos feriu. Só a Deus cabe julgar ( At 10,42 ; Hb 12,23 ). Ao nos colocarmos na posição de juizes atraímos sobre nós o julgamento de Deus ( Rm 2, 1-5 ).
                        O Senhor olha de maneira diferente de nós (Mt 5, 21-22); quem odeia seu irmão é considerado um assassino (1 Jo 3,15 ) e quem diz que ama a Deus, mas odeia seu irmão é mentiroso (1 Jo 4,20-21; 1 Jo 2,9-10) e anda em trevas. Quem destruir ou for causa de destruição de um filho de Deus será destruído (1 Cor 3, 16-17).   
                        Que ao meditarmos na Palavra do Senhor e Seu ensino, possamos nos arrepender das feridas que causamos a Jesus ferindo Seu corpo e que este arrependimento provoque uma reforma nas nossas vidas, como o rei Josias, que ao ler a lei, arrependeu-se e provocou uma grande restauração em Israel ( 2 Re 22,10-11.19.22). Vamos nos colocar na presença de Jesus e quebrar as cadeias de mágoas e os altares de ressentimento para que possamos ser verdadeiros “ministros da reconciliação”. Que através da experiência da cruz, do sangue e da paz, possamos vivenciar o amor que o Espírito Santo tem derramado em nossos corações. O ministério de reconciliação da igreja, permitirá que cresça o amor e este fará com que todos os outros ministérios funcionem. Amém.
 
 
“ Compreendi que a igreja tinha um corpo, composto de diferentes membros, não lhe faltava o membro mais nobre e mais necessário. Compreendi que a Igreja tinha um Coração, e que este coração ARDIA  DE AMOR. Compreendi que só o amor fazia os membros da Igreja agirem, que se o Amor viesse a se apagar, os apóstolos não anunciariam o evangelho, os mártires se recusariam a derramar seu sangue... Compreendi que o AMOR ENCERRAVA TODAS AS VOCAÇÕES, QUE O AMOR ERA TUDO, QUE ELE ABRAÇAVA TODOS OS TEMPOS E TODOS OS LUGARES... EM UMA PALAVRA , QUE ELE É ETERNO!”   
 
                                                               S. Terezinha do Menino Jesus