ASSOCIAÇÃO JESSE DE ARAÇATUBA

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ESTUDO CINCO: DEUTERONÔMIO

 

DEUTERONÔMIO:  Palavra-chave: Obediência                                 

                                Versículo-chave: 10, 12-13

 

         É o quinto  e último dos livros da lei judaica (pentateuco). “Deuteronômio” significa “ Segunda lei” ou “Segunda leitura da lei”. O tema do livro é o cumprimento da lei como condição para entrar e permanecer na terra com a benção de Deus. Sem a obediência às leis, o povo seria expulso da terra e levado para o cativeiro.  Este princípio é o  mesmo para nós hoje: nossa herança é estar na casa de Deus, em comunhão com Ele. Mas se não ouvirmos Sua voz, ficaremos fora de Sua casa, em opressão e escravidão. Muitos dos problemas que os cristãos enfrentam hoje, com sofrimentos e prisões para sua vida (desavenças, problemas familiares, vícios, doenças, problemas financeiros, etc.), são resultado da desobediência à voz de Deus. A conseqüência do pecado é a morte (Rm 6, 23) e a conseqüência da desobediência  a Deus são escravidão e opressão.

         Como as primeiras tábuas da lei foram quebradas e substituídas, assim também a lei quebrada foi enfatizada pela repetição. A palavra lembre-se aparece cerca de 18 vezes e a libertação do Egito é recordada constantemente como motivo de obediência. Esta repetição era necessária para que a segunda geração  (que era criança ou ainda nem tinha nascido quando a lei foi promulgada no Sinai) aprendesse a lei antes de entrar na terra (5,1).

         Em 5,22, vemos que os 10 mandamentos que formam a base da aliança Mosaica, foram dadas de 2 maneiras: à viva voz, e nas tábuas de pedra. Deus se comunicou das 2 maneiras mais fáceis de serem recebidas pelo homem: oralmente e por escrito. Isto nos mostra que DEUS FALA!  E mais ainda, mostra o quanto Ele se empenha em nos falar! Muitas pessoas acham que Deus está longe e não fala com elas, mas Ele mostra que quer se comunicar e faz isto de todas as maneiras possíveis, através da Bíblia, das circunstâncias, dos irmãos, do Espírito Santo, mas nós muitas vezes fechamos os ouvidos e não queremos ouvir. Toda “fala” de Deus tem sua confirmação na Palavra (bíblia). Ele jamais falará algo que contradiga Sua Palavra escrita, por isso precisamos conhecer profundamente a bíblia, para não sermos enganados por falsos espíritos ou “ventos de doutrina” ( Ef 4,14). Quantos de nós já leu pelo menos uma vez a bíblia toda? Como queremos discernir a voz de Deus sem o conhecimento básico de Sua Palavra? É por isso que é tão importante nos dedicarmos ao estudo dos livros da bíblia, para não sermos enganados.

         O capítulo central é o 29º; é a aliança com Deus.

         Três festas são ordenadas (16, 1-17): A Páscoa ( é a 1ª porque a base do relacionamento do cristão com Deus  está na redenção pelo sangue ). O Pentecostes ( a colheita das primícias, ou seja, a colheita feita por ocasião do surgimento da 1ª igreja ). A Festa dos Tabernáculos ( a colheita completa da safra, ou seja, a colheita que será feita por ocasião do fim). Juntas elas tipificam uma Redenção  Completa: 1º, pela paixão da Cruz; 2º, pela vinda do Espírito Santo; 3º, pelo triunfo final do Rei que vem. Em resumo, os estágios da vida do cristão, sofrimento, graça e glória.

         Sete princípios de obediência são apresentados, que também hoje são os princípios pelos quais devemos pautar nossa vida de batizados:

1.      A paternidade de Deus e Seu direito  de propriedade sobre seu povo (4,39-40; 6,4; 7,6-10; 10,14-22; 28,9-10 ).

2.      Consagração: o dever de separarem-se para Ele e para a Sua adoração ( 6,12-15; 7,1-5; 14,1-2).

3.      Adoração: localizada e centralizada (5,9; 6,5; 10,12-13; 12,1-14;).

4.      Idolatria: proibida e deveria ser destruída (5,6-8; 6,13-15; 11,16-17.26-28; 13).

5.      Santidade: não seguir os costumes dos povos pagãos, ser um povo diferente,  pois do contrário, eles seriam um laço que arrastaria o povo de Deus para o pecado. Observar particularmente a proibição quanto à prática do espiritismo, adivinhação, feitiçarias e qualquer tipo de consulta para conhecer o futuro, o que inclui horóscopo, búzios, tarô, leitura de mão, cartas, mapa astral, etc. (18,9-15); ( 4,1-9; 5,28-32; 7,1- 26; 12,29-31;).

6.      Relações éticas: seriam reguladas pela lei de Deus ( caps. 19 a 26 ).

7.      Opção pessoal:  a cada um cabe escolher o caminho que quer seguir, o da morte ou da vida, da benção ou maldição; cada um é responsável por suas escolhas e pelas conseqüências delas ( 5,1-22.31-33; 6,17-18; 11,26-28; 13,1;   12,14-26; 28,1-68).

 

RESUMO:

·         Dt 1-4: Resumo do vaguear no deserto

·         Dt 5: Repetição do decálogo  (dez mandamentos)

·         Dt 6-26: leis e conduta para a nova terra

·         Dt  27-28: Bençãos e maldições

·         Dt  29-30: Aliança com Deus

·         Dt  31-32: Exortação e cântico de Moisés

·         Dt  33: Benção final

·         Dt  34: Morte de Moisés

         Há uma ligação importante entre a lei, o deserto, e a terra prometida. Deus estava tirando o povo da escravidão do Egito, não para ficar livre, mas para servir a Ele. A terra prometida era o lugar onde reinaria sobre este povo e onde o seu reino se expandiria a toda a terra (4,5-8). Portanto, para entrar na terra e permanecer lá depois de entrar, o povo precisava conhecer as condições desta aliança com Deus, ouvir a Sua voz e experimentar o seu governo (4,1; 6,1-3; 8,1; 11,8-9; 28,58-68). O deserto era o lugar de fazer aliança e de testá-la, para que somente entrassem na terra aqueles que estavam dispostos a ouvir e obedecer a voz de Deus.

         A lição  a ser aprendida no deserto é a atitude de dependência de Deus, o quebrantamento, a humildade (cap 8), que devem ser a base de nossa vida  na terra prometida. Se não mantivermos o mesmo relacionamento vivo com Deus que surge quando estamos num deserto  de apuros e angústias, então tudo que passamos lá será em vão.  O alvo do tratamento que recebemos no deserto é caminhar para  a terra prometida onde o reino de Deus será realidade. O alvo depois de alcançarmos a terra prometida é usá-la como base para alcançar toda a terra e trazer tudo debaixo dos pés de Jesus.

         Nestes dias o Senhor tem nos feito enxergar que Seu Reino, é o lugar de Seu governo, de um relacionamento vivo e profundo com Ele, para alcançarmos o mundo e “trazer a paz sem fim”. É no deserto de nossos problemas e dificuldade que fazemos aliança, ouvimos Sua voz, e nos dispomos a viver segundo o padrão  divino de santidade, para que possamos entrar na terra prometida e não ser expulsos de lá. É preciso que entendamos que é  num relacionamento vivo com o Senhor, pelo Espírito Santo que entraremos neste governo e conseguiremos cumprir a vontade de Deus (30,14).

 

QUESTIONÁRIO

1.      O que significa “deuteronômio”?

2.      Por quê foi necessário repetir a lei novamente ao povo?

3.      Qual o tema do livro?

4.      O que aconteceria ao povo se desobedecesse ao Senhor? E a nós, hoje?

5.      Quais as 2 maneiras que os 10 mandamentos foram dados?

6.      Por quê podemos dizer que Deus fala com Seu povo? Como Deus tem falado com você  e em seu grupo?

7.      De que formas Deus fala conosco?

8.      Qual a importância de estudar a bíblia? Conte alguma experiência através do qual o estudo da bíblia te livrou de um engano.

9.      Qual o capítulo central deste livro? Escolha um versículo deste capítulo, que tenha tocado seu coração e explique o porquê.

10. Quais as 3 festas ordenadas e o que significam?

11. Cite os 7 princípios de obediência, comentando o que entendeu de cada um deles.

12. Qual o resumo deste livro?

13. Qual a ligação entre a lei, o deserto e a terra prometida?

14. Qual a importância do deserto nas nossas vidas?

15. O que significa a terra prometida dentro do plano de  Deus?

16. Como podemos estar dentro  do governo de Deus?

17. Qual a importância do Espírito Santo para obedecermos ao Senhor?

18.  O que mais lhe marcou neste livro?