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A IGREJA (ISAQUE E REBECA)
ASSOCIAÇÃO JESSE DE ARAÇATUBA           
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                            A IGREJA     ( ISAQUE E REBECA )
 
I - INTRODUÇÃO
 
A -    Gn. 24 - História de amor entre Rebeca e Isaque. A preocupação de Abraão de que seu filho não ficasse só, mas tivesse uma companheira, não qualquer uma, mas uma mulher que fizesse parte de sua parentela. Enviou um servo seu para escolher e preparar esta noiva e trazê- la para junto de seu filho.
          Acabamos de ler uma das histórias de amor mais bonita da Bíblia, que resulta num casamento do qual nasceu Jacó, ou Israel, a nação eleita de Deus. Vamos estudar agora, uma impressionante história de amor, que transcende a própria eternidade: a história da união de Cristo com sua igreja. ( II Corintios 11,2)
 
B -    Para que possamos estudar a igreja, é importante que saibamos o significado desta palavra. A palavra grega ekklesia, traduzida igreja, aparece 3 vezes em Mt., 23 vezes em At., 62 vezes nas cartas de Paulo, 2 vezes em Hb, 1 vez em Tiago, 3 vezes em João, e 20 em  Apocalipse. Jesus não criou a palavra ekklesia; achou-a em uso e dela se utilizou.
          Para os gregos, ekklesia era a assembléia dos cidadãos de um estado livre, reunidos e convocados a toque de trombeta pelas ruas da cidade. Nesse sentido a palavra é usada uma só vez (At. 19,39) no N.T. o escrivão da cidade aconselhou a Demétrio e seus companheiros que submetessem o caso de Paulo e seus companheiros ao julgamento da ekklesia grega.  Entre os hebreus, ekklesia era a congregação de Israel reunida perante o tabernáculo, no deserto, ao som da trombeta  (At.7,38; Hb.2, 12).
         Tanto no grego como no hebraico, a palavra significava uma assembléia popular, e não uma comissão ou concílio. Entre os cristãos primitivos, a palavra ekklesia tinha o significado de uma assembléia popular convocada em lugar público, literalmente “chamados de fora” e “convocados para Cristo”. Como havia três  usos gerais do termo (grego, hebraico e cristão), também havia entre os cristãos três idéias gerais: uma instituição , (Mt.18,17), como congregação local (Ap. 3,6) como noiva, isto é, reunião de todos os redimidos (Ef. 5,27), em glória.
            Este estudo será particularmente direcionado ao estudo da igreja, enquanto corpo de Cristo, ou seja, todas as pessoas que em qualquer lugar creiam no Senhor Jesus e sejam salvas. Para que possamos compreender o propósito de Deus em relação a Sua igreja, é necessário que peçamos o Espírito Santo que nos revele a altura, largura, profundidade e o comprimento do amor de Cristo. (Ef.3,18-19) .
 
C- IGREJA - A META SUPREMA                      
                  Para que possamos compreender tudo o que aconteceu desde “antes da fundação do mundo”, para que houvesse uma igreja, vamos pensar num exemplo simples: um automóvel. Antes de se tornar realidade, o automóvel é um projeto, uma idéia na mente de seus criadores. Para tornar esse sonho viável, surge uma grande empresa. Para fabricar o carro, é necessária a construção de um complexo de prédios, com um custo altíssimo. É necessário ter máquinas, ferramentas, peças, equipamentos sofisticados, matéria prima.
 
            É necessário também empregar milhares de trabalhadores. Em tudo isto vai muito dinheiro. E porque? Com um único propósito de fabricar  um pequenino automóvel. Quando este pequeno veículo sai da linha de montagem, o propósito deste imenso aglomerado fica perfeitamente claro. Tudo o que ocorria antes, incluindo o gasto, a prancha de desenho até o último parafuso fica explicado: a existência de um carro motorizado. O automóvel é a chave para entender tudo quanto o precedeu.
            Da mesma forma é a igreja. Ela é a meta. Tudo o que precede, são investimentos para que ela pudesse existir. Somente olhando para a igreja podemos compreender o empenho de Deus na realização de Sua obra. Vamos estudar um pouco deste “vasto aglomerado”, cujo  fim último, é a igreja.
 
D - DEUS É SENHOR DA HISTÓRIA
            Existe uma dificuldade grande em todos aqueles que estudam a história, entre cientistas e estudiosos, quanto ao sentido ou propósito da vida, e existência do universo. André Maurois, biógrafo, crítico e romancista francês dizia:“O universo é indiferente”. Quem o criou? Porque estamos aqui neste insignificante monte de lama girando no espaço infinito? Não tenho a mais leve idéia e estou inteiramente convicto de que ninguém a tem”.
            Os  antigos gregos consideravam a história como um ciclo, sempre repetindo a si mesmo, sem alvo, sem propósito. É meramente uma sucessão de crises, sem objetivo inteligente. Não sabem de onde viemos, nem para onde vamos. A existência é um enigma. E a grande maioria das pessoas pensam assim.
            Em nosso tempo essa filosofia foi divulgada por um francês, Jean Paul Sartre: que ensinava que “cada homem existe num compartimento como um indivíduo isolado, num universo sem propósito”. Uma vez que não podemos saber quem somos, de onde viemos e para onde vamos, já que não entendemos o passado e não temos esperança para o futuro, então o momento atual é o que importa. Sacrificar o presente em favor do futuro é estupidez. O prazer do momento é o que importa. É o que Paulo contesta em I Co.15,32. Essa filosofia penetrou profundamente nos meios universitários, levando a sociedade a perder seus parâmetros, a tornar-se vazia e sem sentido, levando a toda sorte de ilegalidades e a drogas. A perda do sentido da vida e a negação das tradições levara a sociedade a uma grande crise existencial deixando um profundo vazio e desesperança nos corações. Psiquiatras afirmam que o grande problema da sociedade atual, é a falta de sentido para suas vidas.
            O mundo em geral, os filósofos e historiadores em particular, não encontraram o ponto principal, a única filosofia da história que tem sentido: a filosofia Bíblica. O Centro da História não está nos fatos em si, nem em seus grandes impérios e homens, mas sim no centro geográfico do mundo, na minúscula colina chamada Calvário, onde dois mil anos atrás, um Homem chamado Jesus, morreu. Este é o ponto central de toda História, não somente deste mundo, mas de todas as incontáveis galáxias, de eternidade a eternidade . Deus como criador do curso da História e Governante do céu e da terra, controla o processo universal. Como Senhor da história, Ele, e somente Ele, pode explicar a história; portanto a Bíblia é a chave para o entendimento dos acontecimentos mundiais.
       Podemos ilustrar este fato, citando (Gl. 4,4 )“Vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou Seu Filho”. Jesus foi enviado na plenitude, no auge, no clímax de todos os tempos. Toda história foi traçada em função de preparar o mundo para chegada de Jesus e expansão da igreja. Roma governava num vasto império, de modos que as pessoas de diversos países,
podiam transitar de um país para outro, sem problemas.
 
            Dessa forma, a pregação do Evangelho através dos apóstolos e discípulos, pode ser levado a todos os povos conhecidos então. E o que não falar dos impérios levantados por Deus, em função de Israel (Is10,5-15). Dario, Nabucodonosor e outros levantados para libertar ou oprimir Israel (Daniel  2, 20 e 21). E ainda podemos citar Josué, que sem conhecimento científico algum sobre as conseqüências de seu pedido, ordenou e o sol parou (Josué 10,12), de forma que ao parar o sol, todo o universo teve que parar, senão haveria choques de corpos celestes e um desastre universal.
            Este Homem absolutamente tremendo, morto naquela pequena colina, é o Senhor, autor e consumador da história. Ele é antes da história ( Cl.l,17), é o ponto de partida de tudo (Jo. 1,3) e molda e controla todas as coisas. (Hb. 1,3).
            Deus tem um propósito, um plano divino, e todo acontecimento da história ocorre para cumprir este plano. Nada é excluído. O Universo, inclusive a terra, foi criado com um único propósito: um lugar onde a raça humana pudesse habitar. A raça humana foi criada com um propósito: providenciar uma companhia eterna para Seu Filho. Após a queda e promessa de redenção, a nação de Israel surgiu para que dela viesse o Messias. E o Messias veio com um propósito: dar origem a igreja, e assim conseguir a sua noiva.
            A Igreja, vem a ser o objetivo central, o alvo, não somente da história secular, mas de tudo quanto Deus vem fazendo, desde toda a eternidade. O universo inteiro em sua totalidade, está cooperando com Deus em seu propósito de escolher e preparar Sua Igreja como Sua companheira Eterna. Tudo está ordenado para este propósito, pois tudo pertence a Igreja, que é de Cristo, que é de Deus (I Co.3,21-23). Deus como Senhor da História , controla todos os acontecimentos, para trazer à maturidade, a Sua Noiva escolhida. (Rm.8,28). A Igreja é agora o corpo de Cristo, mas será Sua Noiva após a Ceia das Bodas do Cordeiro.
            Voltemos agora, à história de amor de Isaque e Rebeca. Abraão (tipificando a Deus), reconhece que Seu Filho necessita de uma companheira, que não poderia ser nenhuma das mulheres que O rodeavam, pois não pertenciam a sua parentela. Envia seu servo para que escolha e prepare a noiva, entre os seu parentes. O mordomo (tipificando o Espírito Santo), vai, escolhe e prepara,  e a leva até o Filho.
           A história de amor entre Cristo e Sua Igreja é o maior romance de toda a eternidade, que acontece no coração do universo. Cristo dá a vida pela Sua amada, e a prepara, e espera com paciência, o momento de poder te-la a Seu lado (Ef.5, 25-27).
         A morte e ressurreição de Cristo, proporcionaram a redenção de toda a humanidade. Ninguém é excluído. (I Jo 2,2). Todos quantos nasceram ou nascerão estão incluídos no amor imensurável de Deus, porém pela Sua presciência, Ele sabia desde o princípio, quem haveria de aceitar esta redenção. Jesus revela isto em (Mt.7, l3-l4).    
          É maravilhoso para nós sabermos que é por causa deste que aceitaram, que Deus sabia de antemão que se salvariam, os eleitos (Ef.1,4-6). é por eles que tudo foi criado, até mesmo o mundo invisível (Hb. 1,14). Foi por causa deste grupo que a terra e o mundo foram formados, a raça humana e tudo o mais. Para possuí-los o próprio Deus entra na história através da Encarnação. Este pequeno grupo é a Igreja: a Noiva, a esposa do Cordeiro. (Mt. l6,18 ; Ap. 21,9).
 
         Aleluia! Nós fazemos parte deste grupo! Como somos amados! Somos a noiva! Glória a Deus!