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15/10/2019
Conheça um pouco da Santa Dulce dos Pobres


 

 

Canonizada no último domingo pelo Papa Francisco, a Irmã Dulce, nascida aos 26 de maio de 1914, em Salvador, na Bahia, tornou-se a a primeira santa católica nascida no Brasil.

 



 

Segunda filha do dentista Augusto Lopes Pontes, professor da Faculdade de Odontologia, e de Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes, Dulce recebeu o nome de Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes. Cheia de alegria, adorava brincar de boneca, empinar arraia e também gostava de futebol e era torcedora do Esporte Clube Ypiranga, time formado pela classe trabalhadora e excluídos sociais.

 

 


 

 

  Em 1921, aos sete anos, perde sua mãe, que tinha apenas 26 anos. 

No ano seguinte, junto com seus irmãos Augusto e Dulce (a querida Dulcinha), faz a primeira comunhão na Igreja de Santo Antônio Além do Carmo.


 

 
  Aos 13 anos, graças a seu destemor e senso de justiça, Irmã Dulce passou a acolher mendigos e doentes em sua casa, transformando a residência da família, na Rua da Independência, 61, bairro de Nazaré, num centro de atendimento. A casa ficou conhecida como "A Portaria de São Francisco", pelo grande número de pessoas carentes que se aglomeravam a sua porta. Também nessa mesma época ela manifesta pela primeira vez, após visitar com uma tia áreas onde habitavam pessoas pobres, o desejo de se dedicar à vida religiosa.
   
   

 

Em 08 de fevereiro de 1933, logo após a sua formatura como professora, Maria Rita entra para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, na cidade de São Cristóvão, em Sergipe. Em 13 de agosto de 1933, recebe o hábito de freira das Irmãs Missionárias e adota, em homenagem a sua mãe, o nome de Irmã Dulce.

 

 

 

Sua primeira missão como freira foi ensinar em um colégio mantido pela sua congregação, no bairro da Massaranduba, na Cidade Baixa, em Salvador. Mas, o seu pensamento estava voltado para o trabalho com os pobres.

 


 

Já em 1935, dava assistência à comunidade pobre de Alagados, conjunto de palafitas que se consolidara na parte interna do bairro de Itapagipe. 

Nessa mesma época começou a atender também os operários que eram numerosos naquele bairro, criando um posto médico e fundando, em 1936, a União Operária São Francisco; primeira organização operária católica do estado, que depois deu origem ao Círculo Operário da Bahia, em 1937, fundado juntamente com Frei Hildebrando Kruthaup e mantido com a arrecadação de três cinemas que ambos haviam construído através de doações: o Cine Roma, o Cine Plataforma e o Cine São Caetano.

Em maio de 1939, Irmã Dulce inaugura o Colégio Santo Antônio, escola pública voltada para os operários e seus filhos, no bairro da Massaranduba.

 

 


Em maio de 1939, Irmã Dulce inaugura o Colégio Santo Antônio, escola pública voltada para os operários e seus filhos, no bairro da Massaranduba.