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Louvor / Louvor e adoracao
ASSOCIAÇÃO JESSE DE ARAÇATUBA
                    “JESUS É O SENHOR”
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L O U V O R    E   A D O R A Ç Ã O
 
“ É um olhar sobre Deus  tão- somente, um grande fogo de amor. A alma  nEle se dissolve e se abisma na santa dileção, e se entretém com Deus como com seu próprio Pai, bem familiarmente, com ternura de piedade toda particular. “   S. João Cassiano, coll. 9,18.
 
      Como parte da vida de oração, o louvor e adoração não poderiam  deixar de ser estudados, sob este prisma de satisfazer  o coração de Deus. Há um louvor, uma adoração, que alegra e satisfaz a necessidade de Deus de comunhão. É este tipo de louvor e adoração que buscamos, este mover, que como disse S. João Cassiano, é manter o olhar sobre DEUS SOMENTE, envolvidos e movidos por UM GRANDE FOGO DE AMOR. Sem amor genuíno pelo Senhor, não há louvor e adoração, existem apenas ritos, fórmulas, emoções humanas.
      Nestes dias, o Senhor está se movendo sobre a face da terra buscando um povo que o adore “em espírito e em verdade” ( Jo 4, 23-24 ). O que é adorar em verdade ? É estar numa realidade espiritual, ou seja, totalmente livres de qualquer tipo de engano ou sedução da mentira. Sabemos que o pai da mentira é o diabo ( Jo 8, 44 ) e que toda mentira tem sua origem nele. O espírito do anticristo se manifestará com todo tipo de “prodígios enganosos e seduções da injustiça” (2 Tes 2, 9-12), que se possível fora “enganaria até os escolhidos” ( Mt 24,24 ), para os induzir ao erro. A mentira é algo consciente, isto é, você sabe a verdade e opta pelo erro, enganando aos outros , mas o engano, é uma sedução, você tem a certeza de que está certo e engana-se a si próprio. Paulo perseguia os cristãos julgando estar servindo a Deus, estava enganado a respeito  da verdade, da realidade espiritual; foi preciso uma intervenção de Deus para destruir aquela mentira.
      Na adoração e no louvor, não há lugar para a mentira e o engano. Um louvor que não é fruto dos lábios que confessam Seu nome (Hb 13,15 ), não é agradável ao Senhor, é um ruído, que incomoda nosso Deus (Am 5, 22-23 ). Muitas vezes, cantamos nossa própria melodia e não a do Senhor ( Am 6,5 ). Muitas vezes, nossas reuniões são louvores na carne, que visam produzir emoções ( euforia, choro, etc.), e para que isto aconteça precisa existir toda uma “aparelhagem” que satisfaça o desejo da  carne de participar de “shows” (luzes, instrumentos de último tipo, técnica perfeita, vozes maravilhosas). Não que o Senhor não deva Ter o melhor, mas não é isso a essência. Muitas vezes nos enganamos procurando estas coisas, com a desculpa de que “Deus deve Ter o melhor”, mas no fundo é a carne quem deseja satisfazer-se, com “aparência de humildade”  ( Cl 2, 8.18.23 ).   Com isso, tem-se infiltrado na igreja músicas e ritmos profanos, com letras bíblicas, danças profanas, vestimentas, shows, etc., que não se diferenciam em nada do mundo, a não ser pela letra das músicas.
      No verdadeiro louvor não há lugar para a carne. Ou morre o ego, ou morre o louvor. A adoração só acontece em espírito. Não há lugar para alma. Esta precisa ser quebrada, crucificada, morta, para que todo tipo de engano possa ser destruído. Na bíblia, o incenso significa oração, e de forma especial, a oração de louvor.
      No templo o incenso se acendia através das brasas de carvão tiradas do altar do sacrifício que ficava no átrio exterior. Cada manhã e tarde o sacerdote oficiante, depois de oferecer os sacrifícios, trazia brasas vivas do altar para o Lugar Santo e as colocava sobre o altar de incenso; sobre estas brasas ele lançava incenso e subia uma nuvem de cheiro agradável ao céu (Ex 30,1-8). Neste altar não poderia ser oferecido perfume profano ( Ex. 30,9 ), isto é, nada que fosse do mundo, que não fosse consagrado a Deus. A receita do perfume, não poderia ser usada para uso comum, só para a Tenda do Encontro, onde o Senhor se encontraria com o sacerdote.
Quem imitasse este perfume seria cortado do meio do povo ( Ex. 30,36-38 ). Portanto quando nos encontramos com o Senhor, não pode existir nada profano ou que seja imitação das coisas de Deus.
      O que importa no louvor não são as palavras, ou a técnica da música, ou os rituais, mas a aspiração, ou seja, o que move seu coração. O que acendia o incenso eram as brasas, tiradas do altar do sacrifício; o que acende nosso louvor é a brasa, ou seja, a nossa carne queimada em sacrifício vivo, o arrependimento dos pecados, a confissão e renúncia dos atos que desagradam a Deus ( Rm 12,1-2). Qualquer pecado conhecido, ou falha, ou defeito não confessado, automaticamente impede uma melhor aproximação de Deus e bloqueia o acesso ao trono de graça e misericórdia.
      Todo este mover de Deus no sentido de purificar sua Igreja, santificá-la e extrair dela um perfeito louvor, é porque o louvor e adoração, são as armas de frente nesta batalha que estamos travando, especialmente nestes dias. Uma igreja que adora em espírito em verdade, é uma igreja vitoriosa e que destrói o arraial do inimigo, impedindo o avanço de Satanás  e saqueando o inferno. O louvor vai à frente do povo, destruindo as resistências do inimigo e causando confusão no meio de seu arraial.
      Nestes dias em que Deus quer fazer uma nova visitação a seu povo, Ele traz um novo cântico (Sl. 32,3). São cânticos proféticos, que surgem durante a visitação e caracterizam o mover de Deus naquele lugar ou época. É mais do que uma nova composição musical, às vezes nem mesmo é uma nova melodia ou letra; é um ato criativo. Deus pelo Seu Espírito começa a criar algo novo em nós. Você não pode ter um novo cântico sem ter uma nova obra de Deus em seu interior. Quando Deus faz algo criativo em uma pessoa, igreja, ou movimento, nasce um novo cântico. Quando este cântico vem, desarranja e abala a situação existente, como uma gravidez, que para gerar uma nova vida, altera toda a vida dos pais.
      Maria entoou um cântico novo, o magnificat, manifestando a obra que o Senhor faria na vida dela e em toda a terra (Lc 1, 46-56). Zacarias também teve o seu cântico novo, anunciando a transformação pela qual passaria toda a humanidade (Lc. 1,67-79). Outro exemplo é Davi, que a cada obra nova que Deus fazia em sua vida, entoava um cântico, de forma que deixou o livro de Salmos. Nestes dias Deus quer restaurar o tabernáculo caído de Davi (At. 15,16 ), ou seja, restaurar a igreja nos seus cânticos proféticos, de forma que quando vier uma nova onda do mover de Deus, venha este novo cântico, que abale as estruturas existentes e traga a Palavra criativa de Deus para o kayros (momento de oportunidade, ou um tempo dentro dos propósitos de Deus, em que algo novo está para acontecer, como por exemplo, o nascimento de João Batista, a vinda do Messias, o Pentecoste).
      O novo cântico nasce de uma experiência viva com Deus ( como Maria e Zacarias experimentaram ) e faz ajoelhar-me, humilhar-me, cair com o rosto em terra. Traz  fome  de intercessão, dor de parto e coragem para arriscar-me. Muitas vezes perdemos o entusiasmo e a coragem, porque já fomos decepcionados, desiludidos. Mas quando vem o novo cântico, tenho coragem novamente, passo a ver as minhas fraquezas e não as dos outros. O resultado é um povo que se levanta para cumprir o propósito de Deus . Não podemos mais ser um povo sem rumo e que não cause impacto no mundo presente. Precisamos voltar a ser sal da terra e luz do mundo!
      O novo cântico é a manifestação da Palavra criativa que Deus está colocando em nosso interior. Não é para satisfazer nossos desejos ou estimular nossas emoções. É para Deus, cantado para Ele, que vai  à nossa frente para a batalha. Esta é a chave da nossa vitória, cantar para Ele somente, num fogo de amor. Quando desviamos de Deus para nós, ele fica deturpado e deixa de ser um novo cântico, nos levando ao desânimo e abafamento do Espírito em nós.
      Precisamos buscar e trazer este novo cântico para a Igreja. Adoração não nasce do estudo de Deus, mas da nossa experiência com Ele. Adoração ocorre sempre que respondo a Deus, quando reconheço a Deus no meio da angústia, ou seja em que situação for e libero das profundezas do meu coração a submissão. Adorar é liberar o nosso espírito para Deus. Para a música desempenhar um papel vital na adoração, ela precisa ser resultado de vida e não só de capacidade natural. Os músicos devem buscar o cântico novo e trazê-lo para a Igreja, insistindo com este cântico até que ele libere a vida, a cura , a adoração. A pergunta é: “Qual o cântico que libera o kayros de Deus neste dia? Com que música posso satisfazer a necessidade do coração do Senhor?”
      Igreja, é hora de buscarmos este novo cântico, esta Palavra profética que vai mudar nossas vidas, como conseqüência da vida de Deus em nós, que surge quando o Rei convida alguém para entrar no Seu reino e lhe dá um novo cântico!