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parte 3 - A HUMANIDADE DE CRISTO
ASSOCIAÇÃO JESSE DE ARAÇATUBA
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Jesus ( parte 3 )
 
 
A HUMANIDADE DE CRISTO
 
 
                        Jo 1, 14 -  E O Verbo Se Fez Carne...
 
O Filho de Deus trabalhou com mãos humanas, pensou com inteligência humana, agiu com vontade humana, amou com coração humano. Nascido da Virgem Maria, tornou-se verdadeiramente um de nós, semelhante a nós em tudo, exceto no pecado.”
                                            GS  22, §2.
 
                        No V.T., a palavra carne era a mais vil, inferior e corruptível das expressões usadas para a natureza humana. João escolheu esta palavra justamente para mostrar que Cristo se encarnou com o mesmo tipo de carne que todos os homens possuem. Ele era um homem autêntico, e não uma imitação, ou apenas um ser externo; tão pouco era um super-homem, conforme se afirma em algumas heresias. A humanidade do Filho de Deus é algo tão importante na história da redenção que o anti-cristo e seus seguidores negam enfaticamente essa encarnação (II Jo, 7; I Jo 4, 3).
 
                                               I d e n t i f i c a ç ã o
                        Cristo identificou-se totalmente conosco em nossa natureza humana para que pudéssemos nos identificar totalmente com Ele, em sua natureza divina ( Hb 2, 10-18 ). Porque Ele se humilhou e suportou todas as nossas fraquezas ao se identificar conosco, nós também, baseados nesta identidade, estamos com Ele na Sua glória. Ele se torna fraco, para que participemos de Sua força; se fez pecado, para que participemos de Sua santidade; se fez humilde para que participemos da glória; morre a nossa morte, para vivermos a Sua vida; toma nossa derrota sobre Si, para que nós tenhamos Sua vitória. Não há nada que possamos passar ou sentir que Ele não tenha experimentado, com exceção de pecar. Ele sabe exatamente o que estamos passando. Sabe o que é o sofrimento. Sabe o que é a dor (Hb 4, 14-15), (Hb 5, 7-9). Ele precisou aprender também. Sofreu todo tipo de tentação para desobedecer ao Pai, mas venceu.
                        Nós podemos recorrer a Ele, em tudo, pois Ele sabe o que sentimos e nos socorre.
                                               Vejamos Como Ele Viveu:
a) nasceu de uma virgem - Mt 1, 18 - Passou por nove meses de gestação, pelo parto, amamentação, troca, etc. Foi totalmente dependente da mãe.
b) cresceu normalmente - da infância até ficar adulto: Lc 2, 40-52. Teve uma infância normal, de família pobre, de uma cidade pequena e sem expressão (Pode vir alguma coisa boa de Nazaré?). Como as demais crianças, aprendia hebraico na escola, aramaico em casa, e estudava as escrituras.
c) trabalhou como carpinteiro - Mc 6, 3 - Acredita-se que pelo fato de José não ser citado, que tenha morrido ainda na juventude de Jesus, e este assumiu o sustento da família.
d) teve fome - (Mt 21, 18)
e) teve sede - (Jo, 4, 7; 19, 28)
f) cansou-se - (Jo 4, 6; Mc 4, 38)
g) teve sono  - (Mt 8, 24)
h) teve alma- (Mt 26, 38) –A Igreja confessa que Ele assumiu alma racional humana (DS 149)
i) chorou - (Lc 19, 41; Jo 11, 35)
j) foi tentado - (Mt 4, 1)
l) enfado - (Mt 17, 17)
m) entristeceu-se (Lc 22. 44)
n) tinha amigos - (Jo 11, 11)
o) agitação interior - (Jo 11, 33)
p) necessidades materiais - Lc 8, 3; II Co 8, 9 - Cristo colocou de lado os seus atributos divinos, para que pudesse compartilhar plenamente da condição humana, em sua fraqueza e sorte. É isso que empresta à encarnação de Cristo o seu grande significado.
                                               S u a    M i s s ã o
                        O Senhor Jesus cumpriu Sua missão inteira como homem, extraindo do Espírito Santo, que lhe foi conferido sem medida, todo o poder que exerceu. O Espírito Santo foi transformando-o como homem, para que pudesse operar obras admiráveis. Ele realizou seus prodígios, da mesma forma que podemos realizar e até maiores ainda. Ele usou os recursos que estão disponíveis para nós até hoje: a Palavra e o Espírito Santo.
a) Cristo - (título oficial) - é a forma grega do hebraico “Messias”, que significa “o ungido”. A palavra é sugerida pelo costume de ungir com óleo como símbolo da consagração divina para servir. Às vezes os sacerdotes e profetas eram ungidos com óleo, mas o título “ungido” era dado particularmente aos reis (II Sm 1, 14).
b) Ofícios - No A.T. havia 3 classes de mediadores entre Deus e o seu povo: o profeta, o sacerdote e o rei. Como perfeito mediador (I Tm 2, 5), Cristo reúne em Si mesmo os 3 ofícios.
- como profeta - ilumina as nações pregando a salvação, as boas-novas do reino e predizendo o futuro;
- como sacerdote - biblicamente, significa pessoa divinamente consagrada para representar o homem diante de Deus e oferecer sacrifícios (Hb 8, 3). No Calvário, ofereceu-se a Si próprio como sacrifício e intercede continuamente por nós (Hb 10, 21-22; 7, 25).
- como rei - Hb 7, 1-3  - Jesus foi feito Rei dos Reis e Senhor dos Senhores, porquanto cumpriu plenamente a vontade do Pai, conduzindo o povo de Deus.
c) batismo - Lc 3, 22- Neste momento, é ungido para ser sacerdote, profeta e rei. Recebe o Espírito Santo para dar início a seu ministério.
d) realiza suas obras através dos dons do Espírito Santo
1 - palavra de sabedoria - Jo 8, 6-7; Mc 6, 2
2 - palavra de ciência - Jo 4, 17-19, 39; Lc 5, 22
3 - fé - Mc 11, 12-14, 20-23; Mc 4, 39-41
4 - dons de curar - Jo 5, 5-9; Mc 3, 1-5.10
5 - milagres - Jo 11, 43-44; 6, 16-21; Lc 9, 10-17
6 - profecia - Mc 13, 24-27; Lc 22, 34; Mt 24, 1-2
7 - discernimento de espírito - Mc 5, 6-13
e) vence as tentações com a Palavra - Mt 4, 1-11
(Jo 14, 12) - Jesus disse exatamente que nós poderíamos fazer as mesmas obras que Ele, e até maiores. Como é possível? Pelo simples fato que Ele agiu como homem, cheio do Espírito Santo, Ele disse que é o caminho, a verdade e a vida, mas é também pioneiro neste caminho. Ele abriu o espaço e nós vamos atrás. É a cabeça conduzindo o corpo.
                        É importante termos em mente que Cristo realizou a obra completa por nós. Só temos é que tomar posse daquilo que Ele resgatou para nós, e avançarmos vitoriosamente rumo ao alvo. Sabemos que precisamos crescer, e que a porta é estreita e o caminho apertado, mas glórias a Deus! Ele passou primeiro!
                        Retenhamos firmes a confissão de nossa fé e não vacilemos!
 
 
No tempo determinado por Deus, o Filho Único do Pai, a Palavra Eterna, isto é, o Verbo e a Imagem substancial do Pai, se encarnou: sem perder a natureza divina assumiu a natureza humana. Jesus Cristo é verdadeiro Deus  e verdadeiro homem, na unidade da sua Pessoa Divina: por isso Ele é o único mediador entre Deus  e os homens.  Sendo  verdadeiro Deus  e verdadeiro homem, Cristo tem uma inteligência e uma vontade humanas, perfeitamente concordantes com e submetidas à sua inteligência e á sua vontade divina, que tem em comum com o Pai e o Espírito Santo. A Encarnação é, portanto, o mistério  da admirável união da natureza divina  e da natureza humana na única Pessoa do Verbo.
 
 
                                           Novo Catecismo Da Igreja Católica, pág. 120, it. 479 a 483.